Ocupado demais para ficar parado, Ian respondeu nossas perguntas em seu carro enquanto dirigia para o trabalho em Atlanta. Ele não previu isso acontecendo quando se juntou ao elenco de TVD, série que lançou sua carreira em alta velocidade. É uma corrida, mas ele gosta disso – de atravessar os limites da emoção.
Às tres da manhã é o horário em que assisto as coisas, geralmente seriados. É como uma selva. Tem as fadas e lobisomens em True Blood. Há zumbis em The Walking Dead. Mas é com o vampiro Damon interpretado por Ian que eu converso na calada da noite.
Ian interpreta um vampiro alienado, cruel e com um dom venenoso de persuasão. Nas telas e na ligação, ele brilha igualmente. Ele me diz: “Ah, você é tão doce”. Basta imaginar um sorriso em seu rosto enquanto ele diz isso. Sim, sou fã dele.
Mas antes de começar a interpretar o vampiro, Ian já era conhecido como o Boone de Lost. Pensando sobre sua carreira após LOST, ele fez um teste para interpretar Jason Stackhouse em True Blood. Embora tenha crescido em Louisiana, onde Bon Temps, cidade em que se passa os acontecimentos de True Blood é localizada, a familiaridade com o local não lhe deu o papel. Eu não culpo Alan Ball. Ian não passa a impressão de ser um safado do Sul, e sim um homem sofisticado com um sorriso capaz de chocar qualquer um.
Quando criança, Ian já tinha o dom de interpretar um vampiro. “Eu me lembro que quando eu era bem criança eu tinha um amigo imaginário chamado Ian que minha familia teve de aturar por um ano, mais ou menos”, Ian lembrou. “Ian gostava de tudo que eu gostava então eu pedi para minha mãe um pacote inteiro de chicletes e ela me encontrou uma hora mais tarde com a boca cheia deles. E minha mãe disse: ‘Espera aí, Ian. Eu achei que daria um pouco para o Ian também’. E eu disse: ‘Não não. Ian não gosta dessa marca’ [risos] Eu fazia coisas desse tipo. Isso fez minha mãe perceber que eu seria ator algum dia.’
Ele se tornou um modelo com 10 anos e desfilou para Dolce & Gabanna, Calvin Klein e até mesmo Toys ‘R’ Us. “Sabe, eu costumava pensar que eu perdi minha infância. Eu não penso isso mais. Eu andei a cavalo, pratiquei esportes com meus amigos. Eu sou muito sortudo por ter tido todas essas experiências, porque elas formaram o Ian de hoje em dia.”
Mas se tem uma coisa que ele realmente desejava fazer era estudar a história da arte. “Eu amo arte. Eu iria para a New York University, mas acabei passando no teste de uma série e precisei me mudar para Los Angeles”, disse Ian. “Você só pode aprender a história da arte sendo, obviamente, um admirador. Quer dizer, eu fui a museus do mundo inteiro. Eu li muito sobre arte. Eu gostaria de fazer um curso intensivo sobre a mesma. E quero aprender a pintar. Além disso, a música tem um grande significado para mim. Eu não acho que conseguiria tocar, mas muitos dos meus amigos (My Morning Jacket, Bright Eyes) são talentosos e músicos de grande sucesso.”
Ian também tem a Ian Somerhalder Foundation, ONG de proteção ao meio ambiente e animais. Uma vez, ele viajou até a Capital para testemunhar em frente ao Congresso sobre como salvar tartarugas. A fundação também teve sua primeira festa de arrecadação de fundos recentemente. “Eu não queria que fosse uma festa em que todos estariam de terno e gravata. Eu queria que fosse uma celebração.”
Atuar, apreciar a arte e cuidar de uma fundação ocupa todo o dia do ator, mas ele está longe de lamentar seu trabalha e falta de privacidade. Ao invés disso, ele se considera o cara com o melhor trabalho do mundo.
Pedi para ele aconselhar quem quer seguir carreira como ator/atriz e ele gritou brincando: “Não faça isso!”, acrescentando depois de rir: “É preciso de muita perseverança e tenacidade para fazer o trabalho. O mercado não é muito grande. Mas honestamente, o único conselho que eu daria – e eu sou terrível com conselhos – é que se você está atuando, você deve gostar do trabalho. Você deve acreditar no que está dizendo. Eu realmente recomendaria o livro The Power of the Actor de Ivanna Chubbuck’s.” Atuar é um trabalho duro, mas Ian revela alguns segredos: “Você aprende muito sobre si mesmo, sobre não se julgar”, diz ele. “A única maneira de se conectar a um personagem é fazer o diálogo dele parecer real para você, e usar suas experiências nele. Ou seja, a única maneira de fazer uma cena funcionar é se você puxar seu personagem para suas próprias experiências – seja do passado, presente ou futuro. Se você tiver isso, poderá fazer qualquer coisa. Não há um personagem dos sonhos… Eu queria fazer grandes filmes, com grandes diretores e grandes atores. Eu adoraria ser comediante… Eu amaria um drama incrível”, ele diz.
Após passar uma hora conversando com Ian, eu percebi que poderia continuar mais umas três horas ou pelo resto do dia. Eu me refiro a ele como artista ou ator. Mas ele contesta: “Não me coloco rótulos. Apenas gosto de atuar”, diz ele. Você pode tentar odiá-lo o tanto que quiser – porque sua namorada o ama, porque ele faz seu namorado parecer o Shrek, porque ele não vai te seguir no twitter (seria meio díficil seguir os 1.200.000 seguidores) – mas você não consegue, não é? Porque ele se orgulha do que faz, é bom no que faz e continuará melhorando cada vez mais. E avisa a todos: “Nada vai me impedir de continuar. Nada nunca irá”. Uma frase imortal.
Fonte: http://ian-lovers.com
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